Sobre a difícil aceitação
É irônico postar essa imagem acima e ter que dizer pra vocês que ainda não me amo. Que ainda custo em me aceitar em inúmeros aspectos. Que um comentário "nossa, como você engordou" ainda me afeta ao extremo. É irônico pra mim dizer as pessoas que elas tem que se aceitar, quando eu, muitas vezes, fujo do espelho porque tenho uma mistura de medo e vergonha do que eu vou ver. Todavia, vim até aqui pra dizer o que eu aprendi nessa jornada de aceitação.
Antes de qualquer coisa, a minha jornada se transformou quando eu li o livro "comer, rezar e amar" (fiz recentemente uma resenha literária aqui no blog do mesmo). É um livro que diz muito sobre a busca por si mesmo e o processo de auto aceitação é justamente se conhecer até o ponto que você compreenda que existem pessoas de todas as formas, melhores ou piores que você, mas isso não interfere no fato de que somos únicos.
Após a leitura excessiva do livro, comecei a reparar nas pessoas auto confiantes e percebi que todas elas tinham os seus momentos de insegurança e comecei a refletir que se sentir seguro não excluía o sentimento de medo de ser você mesmo. E aí falamos da coragem, que se faz presente na linha tênue entre "preciso me mostrar pro mundo e acreditar em quem eu sou" e "as pessoas vão me julgar e eu vou me sentir um lixo". A partir daí, entendi que as críticas seriam doídas, mas que elas não poderiam, jamais, tirar de mim o direito de me sentir feliz por ser eu mesma.
Ainda sim, mesmo com leitura e compreensão sobre tantos aspectos, por que eu ainda não consigo me sentir segura, firme, empoderada? Simples. Eu me limito. Mas, Ana, como assim, se limitar? Eu não acredito em mim mesmo, eu fico tão focada sobre o que o outro vai pensar, que eu me esqueço que o que eu faço ou sou, não é da conta do outro. Eu ainda me sinto tão frágil, ao ponto de desistir muitas vezes da pessoa que sou. Entretanto, é sempre bom lembrar que, muitas vezes, o julgamento do outro vem justamente porque ele queria ter coragem de ser ele mesmo, mas ele possuí as mesmas limitações que a minha. Acho que me encontro no meio da linha tênue que disse anteriormente.
Preciso aprender mais. Sobre quem eu sou, sobre quem eu posso ser e sobre todas possibilidades maravilhosas que eu consigo alcançar, onde a palavra "limite" não exista. Afinal, quem foi o ser humano iluminado que resolveu que seria uma boa ideia limitar a nossa capacidade de sermos tão suficientes? Provavelmente foi o mesmo abençoado que decidiu que somos a metade da laranja de alguém. Só que se esqueceu que eu nunca fui muito fã de laranjas.
Então hoje, eu proponho nesse post, que, por gentileza, sejamos mais amorosos com quem somos e que tenhamos sempre mais coragem de sermos felizes e nos aceitarmos com todas as particularidades que possuímos.
Simplesmente fantástica sua colocação sobre o tema e fica aqui uma pergunta, para aqueles que se acham dignos de julgar alguem: quem é o "outro" para dizer o que é melhor para você?
ResponderExcluirNinguém tem o poder de definir o que é melhor para nós mesmos. Sejamos felizes. <3
ExcluirQue belo texto! As vezes a gente se aceita pelas palavras mas não pelo que somos, por isso essa etapa parece não passar. Mas temos que trabalhar todos os dias essa aceitação, pois uma hora ela vem!
ResponderExcluirDe fato, a aceitação sempre vem! ✨
ExcluirComer, rezar e amar. Não li o livro, mas o filme é ótimo. Parabéns pelo texto, Ana! Me identifico com muitas coisas que você diz. Obrigada por representar a classe dos que "fogem do espelho" e dar um show de conselho no final S2.
ResponderExcluirObrigado, Gabi ❤️
ExcluirMe fez refletir, amei o texto!
ResponderExcluirQue a limitação não seja barreira para sermos o nosso "eu"
Aceitação e coragem precisamos ter
Att,Barbara Castro .