Forte e triste.


É tão difícil, as vezes, gostar de alguém. A gente jura juradinho que a pessoa não vai nos fazer mal algum, mas parece que surge uma vontade súbita de brincar com o coração alheio. Logo o meu, que já é tão difícil de se abrir e cheio de feridas mal cicatrizadas. 

No começo de tudo, quando eu descobri o que era gostar de alguém amorosamente, eu achava (pobre garota), que era só juntar 1+1 e dava 2. Era sair no sábado a noite, encontrar um carinha, olhar no fundo dos olhos dele e escutar no fundo alguma música bem clichê de algum filme de romance americano. Mas não. E foi aí que eu comecei a me decepcionar. 

Nem todo mundo, necessariamente, quer ter alguma coisa com você. Quer ter alguma coisa com alguém. As pessoas pensam de formas tão diferentes que, até para o amor, sobra. E nessa de pensamentos divergentes, a gente acaba gostando de quem não quer nada com ninguém, que preferiu focar em mil outras coisas ao invés de relacionamento. Começa então, a fase do "mas eu vou conseguir mudar fulano". Ninguém muda por alguém. Eu nunca mudei, por que o outro mudaria? Mera ilusão!

Então, passamos por cima disso, não deixamos a ferida cicatrizar como deve ser e já estamos com nossa boca colada em outra. É amor de novo. Decepção de novo. Tudo isso porque não sabemos lidar com nossa solidão e com nossas inúmeras expectativas. Até que chega o dia que dói mesmo, dói pra valer e não sabemos dá onde vem tanta dor, já que nossos sofrimentos sempre foram tão superficiais. A geração de ser forte (ou, ao menos, parecer) pode ser encorajadora, como pode ser tão covarde a ponto de fugir do enfrentamento real dos sofrimentos. Triste fim. Triste geração. E o meu coração? Ainda não se recuperou da pancada real que a vida deu. Nunca mais sofrimentos irreais. Que seja doloroso e triste, mas que seja real.

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