Eu tenho um sonho.

 

Quando eu comecei a escrever, não entendia muito bem o porquê. 

Acho que eu achava legal ter algo pra dizer, algo meio que "importante". Com o passar do tempo, se tornou fácil. Escrever foi se tornando tão simples como respirar, falar, comer. Escrever se tornou parte do meu ser.

Mas me enganei achando que podia escrever sobre qualquer coisa. Havia algum trato que fiz com as palavras que agora não me recordo quando foi assinado. Eu precisava sentir, eu preciso sentir. Porque quando eu escrevo, eu quero que dentro de você haja impacto, haja emoção porque sentimentos rasos demais nunca foram o meu forte. Eu sempre gostei de mergulhar no oceano mais profundo e ser capaz de sentir. 

Escrever também virou uma forma de clarear. A mente, o coração, as ideias. Como se eu precisasse escrever pra entender o que se passava na parte de dentro. Inclusive, pra saber o que cada pessoa representava pra mim. Discorrer em palavras transformou minha cama de gato em um quadro de tarefas bem organizado. E hoje, quando tenho certeza sobre algo, você pode ter certeza: é porque eu escrevi.

E fico a pensar, a sonhar quando é que minhas palavras vão ganhar vida e sair pelo mundo tocando corações, inundando os sentimentos, as percepções. E enquanto eu não chego até você, saiba que eu não vejo a hora de poder te dizer "era uma vez...".