Escrevo.
Faz muito tempo que não escrevo.
Cheguei a duvidar, várias vezes, se a escrita era um bom caminho a ser seguido. Mas o meu caminho na escrita não é chão, é pertencimento. Eu escrevo porque escrever é parte de quem eu sou. Escrevo porque minha alma vem de eras e eras escrevendo. Tenho certeza que em outras vidas, eu já escrevia. É uma extensão.
Hoje não sei se ainda sei contar histórias, se não as minhas. Vivo a vida terrena como se fosse parte da matéria e quando vejo, me lembro que isso aqui é passageiro e que eu ainda irei para outras dimensões, então por que me apegar ao efêmero?
Esses dias, um antigo colega de trabalho conversando com uma amiga minha perguntou a ela se eu ainda escrevia. Percebi que algumas pessoas ainda me associam a palavras. Mesmo comigo guardando em uma caixa escura dentro do guarda-roupa uma intimidade entre as letras e eu, deixando pouco para os amigos.
Por mais que eu não as escreva, as leio. Leio diariamente. Elas me salvaram de uma depressão, me deram esperança quando o fundo do poço se fazia moradia, por isso sempre defenderei a leitura porque é minha paixão. Eu nasci pra isso. E talvez pra escrever, mas isso é outra história.
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